Um dia, não por acaso, quatro amigos juntaram-se sob o lema fraterno dos quatro mosqueteiros: “um por todos e todos por um”.
E da aventura que já prometia acção, desse encontro feliz de Paco Bandeira com Francisco Relógio, Mário Cesariny e Artur Bual
nasceu a ideia da criação de um espaço tranquilo, amplo e fraterno onde toda a espécie de artistas, pintores, músicos, poetas, escultores, actores, de todo o mundo, pudessem conviver, criar, mostrar e discutir as suas obras.
E foi assim que por aqui pernoitaram, viveram e espalharam o seu engenho e arte, Mário Cesariny, Alberto Cedron, Raul Perez, Vitor Lage, Antonio Inverno, Rico Sequeira, Fernando Páscoa, Dina Lopes, Dina Aguiar, Albertino Eduardo, Mário Silva, Manuel
Gamboa, Malangatana, Lívio de Morais, Jaime Isidoro, e mais uma boa centena de outros de igual dimensão artística. quer pelo talento quer pela enorme estatura humana.
Aqui, no Monte do Paco, foram exibidas duas memoráveis exposições de Artes Plásticas, a primeira dedicada a Cesariny e a segunda a Manuel D´ Assumção. E também aqui houve lugar para as vozes e para a música de artistas tão diferentes como Rui Veloso, Ana Lains, Vitorino, Fernando Tordo, Madalena Iglesias, Fernando Girão, António Calvário, José Cid, Paco Bandeira, Samuel, Tony Carreira, Roberto Leal, Marco Paulo, Maria Ana Bobone, Os Corvos, Perdigão Lusitano, Pedro Camilo, Valdemar Bastos, Rão Kyao, Ryiuchi Sakamoto e muitíssimos outros de dimensão nacional.
E por aqui deixaram o perfume do seu talento, NicolauBreyner, Maria Dulce, Luis Aleluia e Guilherme Leite.
Mas o projecto criativo continuará porque, como disse o poeta, o caminho faz-se caminhando. Aberto à amizade, à cultura, e à cultura da amizade, o Monte do Paco não tem outras fronteiras que não sejam as de unir almas maiores no maior dos objectivos:
ajudar a transformar o mundo, através do acto poético, ou seja, o acto da criação.
E há sempre um lugar para si..
O Monte, mais que do Paco, é de todos os que gostarem e precisarem dele.